A Guida levava a incumbência de apalpar as barbas (o Nuno era ainda um pequenote que acreditava no Pai Natal) e a preceptora tomou conta de nós.
Faltou algo.... que os japoneses não deixaram escapar!
Quando voltamos?
Lininha,
Lembras-te das palavras que dedicaste a uma amiga? Da importância que ela teve num determinado momento e por isso vai ficar na tua memoria para sempre? Na altura fiquei tão orgulhosa por ser tua amiga. Numa atitude infantil, quis ser essa amiga.
Convido-te a ler as palavras de Fernando Pessoa:
“Não tenho a pretensão de que todas as pessoas de quem gosto, gostem de mim, nem que eu faça a falta que elas me fazem. O importante p’ra mim é saber que eu, em algum momento, fui insubstituível, e que esse momento será inesquecível.”
Tudo porque vamos de férias para os Açores.
No pouco tempo que lá estive, aprendi várias coisas. Por obrigação e com prazer dissimulado, tive que reflectir sobre algumas questões que ainda hoje me perseguem a existência.
QUE APRENDIZAGEM AFINAL?
Aprendi que na Terceira a Dulce Pontes é muito rodada.
Aprendi que à 2ª, 3ª e 4ª se ouve Dulce Pontes (no hotel e pelas ruas não se ouvia outra coisa)
Aprendi que à 5ª, 6ª e sábado se troca a Dulce pela música do Titanic (até compreendo a ligação ao mar intempestivo e temperamental)
Aprendi que o Arquipélago dos Açores tem 8 ilhas e um parque de diversões.
Aprendi que sotaque açoriano é uma coisa que não existe. Só existe na cabeça dos continentais incultos e ignorantes.
Aprendi que nos Açores, as questões de género assumem uma importância superior.
Aprendi que o género feminino está muito satisfeito. Principalmente as mulheres viúvas.
Aprendi também que o Sonho continua a comandar a Vida.
Aprendi que o reflexo da Lua no Mar tem mais cambiantes do que se poderia imaginar.
Aprendi que Distância é um conceito muito subjectivo
Aprendi que Portugal é um país feminino, muito por influência dos Açores
Aprendi que “Metro” é muito mais que o sufixo de Metropolitano.
Aprendi que, de facto, SER FELIZ EXIGE VALENTIA.
Aprendi por isso, que aqueles que não têm Pronúncia, os Açorianos, continuam a ser valentes,
Continuam na caça da Baleia e dos Tubarões que os pretendem engolir,
CONTINUAM EM BUSCA DA UTOPIA!
Aldina Lucena
Lá fomos ver as ondas do oceano na Nazaré e provar as sardinhas. O convívio foi regado e barulhento.... e a paisagem era linda.